Memórias de uma gueixa - Arthur Golden

     Tenho uma  paixão pela cultura japonesa que vem do dia em que comecei a ler esta fantástica obra. A vida de Sayuri (nascida Chiyo), uma gueixa no bairro de Gion, em Quioto, é-nos contada através das suas próprias palavras, que nos transportam até ao Japão dos anos 20 e 30. A história inicia-se com a infância de Chiyo numa aldeia de pescadores e transita para a altura em que é vendida a uma okiya (casa de gueixas) onde se torna uma maiko(aprendiz de gueixa). A irmã, que também é vendida com ela, acaba por não ir parar à mesma casa, mas sim a um prostíbulo. Quando Chiyo a encontra, decide-se a fugir com ela mas, durante a fuga da okiya através do telhado, cai  e é descoberta. Então é proibida de ter aulas como aprendiz de gueixa e permanece na okiya apenas como criada.
     Alguns anos mais tarde, é encontrada a chorar na rua por um homem muito distinto que a consola e lhe demonstra simpatia. Chyio nunca mais o esquece e decide-se a tornar-se uma gueixa e a  procurá-lo, no entanto, passariam vários anos até poder retomar os seus estudos sob a tutela de Mameha, uma das gueixas mais influentes do Gion. É a partir daí que a vida de Chyio(mais tarde a gueixa Saiyuri) muda completamente.
     Este livro despertou-me o interesse, inicialmente, por causa da capa lindíssima e porque não sabia grande coisa sobre gueixas e gostaria de saber mais. Afinal as gueixas são bem mais do que um suporte para os quimonos que usam- são mulheres inteligentes, muito cultas e extremamente dotadas, especializadas em entreter em festas e casas de chá, conversando, tocando instrumentos musicais, dançando e recitando poesia.  
     A versão em filme também é óptima e mantém-se muito fiel ao livro. É uma obra que recomendo a quem goste de uma história diferente contada num romance marcante e, claro está, aos apreciadores da cultura nipónica.

Comentários

  1. Pareceu-me bastante interessante, por acaso, até fiquei com vontade de o ler. Realmente, as gueixas são muito mais do que aquilo que comummente sabemos. Beijinho, continua a escrever coisas interessantes.

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